IX Festa do Teatro (2007)

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Mensagem do Teatro Estúdio Fontenova

Antes de mais, queremos agradecer o alto patrocínio da C.M.S. não só a nível económico como também logístico, sem o qual, este Festival não poderia acontecer.

Realçamos também o apoio do INATEL de Setúbal que disponibiliza a sua sala e todo o seu material técnico, também não podemos esquecer a Capricho Setubalense que amavelmente nos cedeu o seu espaço.

Contamos ainda como os apoios do Governo Civil, da Região de Turismo Costa Azul, das Juntas de Freguesia de N. Sª da Anunciada, de Santa Maria da Graça e de S. Julião, do Teatro Nacional D. Maria II e ainda com o apoio das empresas Hotel Isidro, Crómia, o Elevens Coffe Bar e a Hobyset.
No apoio à divulgação, O Setubalense, a Rede Sem Mais/Correio de Setúbal, o Viva Setúbal e O Setúbal na Rede.

Este ano surgiram também as parcerias (uma das práticas que queremos continuar a desenvolver), com o Programa Gulbenkian Criatividade e Criação Artística, o Clube de Fotografia de Setúbal, a Experimentáculo/Clube de Cinema de Setúbal e, com um especial destaque, a Escola Secundária Sebastião da Gama, que nos permitiu instalar numa das suas salas o secretariado da Festa.
Cabe aqui também um especial agradecimento à Dr. Fátima Lopes do Centro Distrital de Segurança Social de Setúbal, que, com o seu empenhamento, tornou possível a nova produção do Teatro Estúdio Fontenova que estreia no âmbito da Festa.

E agradecer a todos aqueles que, de uma forma ou de outra, têm contribuído para o engrandecimento do Festival “Festa do Teatro”. O nosso Obrigado!
A Festa do Teatro que começou por ser uma simples Mostra de Teatro, é hoje um Festival transdisciplinar, incontornável no panorama Setubalense, originando já efeitos multiplicadores noutros sectores económicos, que directa ou indirectamente, estão envolvidos no processo (hotelaria, restauração, serviços de limpeza, empresas de transporte, gráficas, entre outras) gerando toda uma dinâmica empreendedora à sua volta.

Apostando sempre numa programação eclética e diversificada, procuramos de ano para ano, inovar e acrescentar outras
disciplinas artísticas. Assim as exposições de artes plásticas e as curtas-metragens e a poesia também não podem ficar esquecidas.

Abrir o Festival a novos espaços da nossa cidade mas mantendo os já tradicionais e recorrentes, como o Inatel o Luísa Todi e o Parque do Bonfim é também um dos objectivos da Festa.
Este crescimento está neste momento, a trazer-nos algumas dificuldades na capacidade de resposta, à enorme máquina de produção (meios técnicos e humanos), necessária para um Festival desta envergadura. O orçamento para este Festival não tem acompanhado o seu crescimento, continua a ser praticamente o mesmo de há oito anos a esta parte. O orçamento total do Festival seria o ideal, somente, para uma digna divulgação do mesmo.

Só tem sido possível manter este Festival, pela persistência, resistência e capacidade de enormes sacrifícios de alguns homens e mulheres que já viram morrer um Festival em Setúbal e não querem ver morrer outro, o que seria, também, uma enorme perca para o panorama cultural da cidade, evidenciando ainda mais o défice cultural patente no estudo realizado pelo M.C., mas também não compreendemos porque é que sistematicamente vemos a nossa candidatura a não ser apoiada pelo mesmo.

Estas coisas levam o seu tempo a ser implantadas e sentimos que há já todo um trabalho feito.
Citando Lorca «O Teatro é um dos mais expressivos e úteis instrumentos para a edificação de um país e o barómetro que marca a sua grandeza ou a sua decadência (…) Um povo que não ajuda e não fomenta a seu teatro, se não está morto, está moribundo».

Sentimos que o nosso “povo” tem sede de cultura e tem-nos acompanhado, gostaríamos que as nossas instituições, apesar de acharmos que tem havido empenhamento, por parte de algumas, outras nem tanto. Setúbal merece sair do grupo das regiões com elevado défice cultural.

Era bom que, todos juntos, não deixássemos estes homens e estas mulheres secarem na sua tristeza e agonia de moribundos deixando morrer novamente um Festival de Teatro, nesta cidade que como diz,José Saramago «Se Sintra é o paraíso antes do pecado, a Arrábida é-o mais dramaticamente. Aqui já Adão se juntou a Eva, e o momento em que esta serra se mostra é o que antecede o grande ralho divino e a fulminação do anjo». A nossa cidade tem tudo para fazer parte dos roteiros turísticos e culturais do nosso país, há que darmos as mãos e trabalharmos nesse sentido.

Porque acreditamos em nós, porque acreditamos nos homens e mulheres que conduzem os poderes instituídos.

Acreditamos que este Festival vai crescer ainda mais e não vai morrer!


PROGRAMA DA IX FESTA DO TEATRO

AGOSTO

25– 21h – Sáb. Praça do Bocage
 – Sessão de Abertura
25– 22h – Sáb. Praça do Bocage “Titiricircus” – TANXARINA – Espanha (Todos os públicos)
25 – 23h – Actividade Paralela – Elevens Coffee Bar – Concurso de Poesia
26– 19h, 21h, 22h30 – Dom. Praça do Bocage “Rumor Clandestino” – TEATRO O bando (M/12)
29 – 22h – Qua. Parque do Bonfim “Doutor Fausto” – TEATRO AO LARGO (M/12)
30 – 22h – Qui. Capricho Setubalense “Mostra de Curtas-metragens”
31 – 22h – Sex. Capricho Setubalense “O filho da Dona Anastácia” – ESTE, Estação Teatral da Beira Interior (M/6)

SETEMBRO

01 – 22h – Sáb. – Inatel “Coração de homem” – ACTA Companhia de Teatro do Algarve (M/12)
02 – 22h – Dom. – 2º Balcão, Fórum M. Luísa Todi – Conversas de teatro
05 – 22h – Qua. – Inatel “O que aconteceu a Betty Lemon” – Teatro Estúdio FONTENOVA (estreia) (M/16)
06 – 22h – Qui. – Inatel “O que aconteceu a Betty Lemon” – Teatro Estúdio FONTENOVA (M/16)
07 – 22h – Sex. – Inatel “Aniñando” – TEATRO EM BRANCO (M/12)
08 – 22h – Sáb. – Fórum M. Luísa Todi “Tchékhov e a arte menor”- ESCOLA DA NOITE (M/12)


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